Proibir livros não é o caminho.

on quinta-feira, 12 de junho de 2014
O deputado Vicentinho (PT-SP) recentemente fez um projeto que apesar de seu aparente caráter nacionalista, na prática ou se tornará letra morta ou simplesmente nos levará para um atraso completo.

O projeto proíbe aos órgãos públicos, de qualquer nível, importarem LIVROS... leia na íntegra:

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1238668&filename=PL+7299/2014
O interessante é que no projeto lemos:
"Excetuam-se da utilização das publicações gráficas referidas neste artigo, as de natureza especial sem similaridade com produtos fabricados no país. "
Oras, o que se considera similar? Que tratem do mesmo assunto? Que tratem do mesmo ponto de vista? Há tantas variações possíveis em livros supostamente similares que seria um tanto estranho. Pior ainda é tentar pensar como uma repartição pública descobrirá se não existe NENHUMA publicação "similar" em todo o Brasil, é uma tarefa que beira o impossível. E se a publicação nacional estiver esgotada? A proibição continua e tudo fica parado até que a editora resolva isso?

Limitar o conhecimento nacional, afinal muitas pessoas só terão acesso a publicações estrangeiras em instituições públicas, para proteger o mercado editorial é um absurdo sem fim e que vai atrasar e muito a produção brasileira de conhecimento científico. Quer incentivar os autores brasileiros? Basta democratizar as universidades públicas e especialmente os cursos de mestrado/doutorado que hoje são em boa parte restritos a uma panela acadêmica. Quem quiser saber mais: http://professormoroni.blogspot.com.br/2013/11/a-farra-das-panelas-academicas-com-o.html 

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